Rastreio Pre-Natal

O Rastreio Pré-Natal é constituído por conjunto de análises efectuada à grávida que não deve ser ignorado na gravidez.

É um teste voluntário e executado a partir de uma colheita de sangue e do diagnóstico no Laboratório e pode determinar o risco de ter um bebé afectado com uma determinada anomalia, nomeadamente Síndrome de Down, Defeitos Abertos doTubo Neural, e adicionalmente a Trissomia 18 e o Síndroma de Smith - Lemli- Otpiz. Pode também efectur o Rastreio de Hipotiroidismo Materno, que tem grandes implicações no sistema nervosos do feto e na capacidade cognitiva da criança.

Este teste alerta para uma eventual situação de anormalidade do estado da futura mãe ou do seu filho mas não constitui um diagnóstico em si mesmo, pois representa uma probabilidade de determinado acontecimento ocorrer.

Se existir risco elevado (Rastreio Positivo) aumentam as probabilidade de o bebé ser afectado de uma anomalia, o que permite que a futura mãe decida pela execução de testes de diagnóstico específicos indicados pelo Médico Assistente, tais como a amniocentese, biopsia das vilosidades coriónicas e pesquisa de glóbulos vermelhos fetais em sangue materno (aneuplóidias). Por sua vez, se existir risco baixo (Rastreio Negativo) diminuem as probabilidade das anomalias no bebé, indicando que a gravidez poderá estar a decorrer normalmente.

São vários os testes de rastreio que lhe poderão ser propostos, de acordo com a altura da gravidez em que se encontra, a altura em que se pretendem os resultados, ou, ainda, a preferência do seu médico.

A colaboração entre o seu médico e o laboratório é essencial. Deve efectuar uma ecografia, de preferência às 12 semanas, para medir a translucência da nuca (TN) do feto e calcular a idade gestacional.
A TN é a espessura do líquido acumulado na nuca do bébé. Nesta altura, deve fazer a colheita de sangue, para dosear os marcadores bioquímicos PAPP-A e beta-hCG-livre.

Poder-se-á optar pelo seguinte:

- Rastreio no 1º trimestre para Síndrome de Down

- Rastreio no 2º trimestre

- Rastreio Integrado com duas colheitas de sangue 

Rastreio no 1º trimestre para Síndrome de Down:

 - 85% dos Síndromes de Down para 5% de falsos positivos.

- Explicação: Significa que cerca de 85% dos Síndromes de Down (SD)são correctamente classificados, mas cerca de 15 % dos SD não são detectados. Este rastreio classifica como positivos 5 em cada 100 rastreios efectuados (5% de falsos positivos). Destes, 1% são verdadeiros positivos, sendo os restantes falsos positivos, ou seja, em cada 100 Rastreios efectuados, 5 grávidas serão chamadas para efectuarem a amniocentese e só 1% destas grávidas terá um bébé afectado (verdadeiro positivo). Na prática, em cada 41 amniocenteses detecta-se 1 Síndrome de Down.

- Vantagens: A informação está disponível mais cedo na gravidez. Uma elevada taxa de detecção só é possível integrando a Translucência da Nuca (TN). Sem a TN é preferível optar pelo Rastreio no 2º trimestre.

- Desvantagens: Não é efectuado o rastreio para Defeitos abertos do Tubo Neural (DTN), que deverá ser efectuado mais tarde. Efectua-se entre a 15ª e a 22ª semanas de gravidez, de preferência até às 18 semanas. Nesta altura deve fazer a colheita de sangue, para dosear os marcadores bioquímicos AFP, HCG e estriol livre. Deverá também apresentar uma ecografia datando a gravidez e se possível com a medida da TN efectuada no 1º trimestre.

 O que detecta o Rastreio no 2º trimestre?

 - Vantagens: Se disponibilizar ao Laboratório de Análises Clínicas Vale do Sousa a medida da TN (Translucência da Nuca) efectuada no 1º trimestre, a taxa de detecção deste Rastreio do 2º Trimestre Integrado passa a ser igual à do Rastreio no 1º trimestre com TN, com a vantagem de poder rastrear simultâneamente Síndrome de Down e DTN. É actualmente o protocolo de eleição do Laboratório de Análises Clínicas Vale do Sousa.

 - Desvantagens: Taxa de detecção mais baixa se não integrar a TN. - Este rastreio é efectuado com colheitas de sangue no 1º e do 2º trimestre, e efectua o Rastreio para Síndrome de Down e para Defeitos abertos do Tubo Neural. Os requisitos das colheitas são os dos protocolos de 1º e 2º trimestre já explicados.
 

 O Rastreio Integrado com duas colheitas de sangue.

85% dos Síndromes de Down para menos de 5% de falsos positivos.

- Vantagens: É esperada uma ligeira diminuição de falsos positivos.

- Desvantagens: Exige duas colheitas de sangue e o resultado só é comunicado à grávida após a 2ª colheita, podendo a espera dos resultados ser uma fonte de ansiedade acrescida para a grávida.

O prazo de entrega dos resultados é 5 dias úteis após a recepção do rastreio no Laboratório de Análises Clínicas Vale do Sousa.

No caso do rastreio integrado o resultado só é entregue 5 dias úteis após a entrega da 2ª colheita.

O relatório será enviado ao médico assistente.

Significa que tem uma probabilidade elevada de ter um feto afectado com uma das malformações já referidas.

Por norma o seu médico irá sugerir-lhe exames adicionais diagnósticos que confirmam, ou não, o resultado do rastreio.

No caso de rastreio positivo para síndrome de Down será sugerido a realização de uma amniocentese, que consiste em colher líquido amniótico (o líquido que envolve o seu bébé) para efectuar o estudo dos cromossomas do feto. A amniocentese tem uma taxa de abortamento de 0.25% a 1%.
No caso de rastreio positivo para DTN será sugerida a realização de uma ecografia morfológica, às 20 semanas.

No caso de rastreio positivo para Trissomia 18 (Síndrome de Edwards), será sugerida uma ecografia morfológica e só em presença de sinais de alerta será sugerida a realização de uma amniocentese.

No caso de rastreio positivo para SLO, será sugerida a realização de uma amniocentese e ecografias morfológicas seriadas.
Os rastreios positivos são sempre comunicados, pelo Laboratório de Análises Clínicas Vale do Sousa, ao Médico Obstetra ou Médico de Família . 

Um rastreio negativo, significa que a probabilidade de ter um feto com uma das malformações rastreadas não é elevada. Portanto não lhe serão sugeridos exames adicionais.

Não esqueça, no entanto, que um rastreio negativo não garante um bébé normal.